A briga entre a Prefeitura de guia do Guarujá, Sabesp e a empreiteira Saenge, que presta serviços para a concessionária, teve seu terceiro round em um mês. A Administração Municipal paralisou nesta semana todas as obras da estatal na Cidade, a exemplo do que fez em abril, só que desta vez a interrupção durou três dias, sendo encerrada no final da tarde de ontem, após acordo entre representantes dos envolvidos.
Durante o embargo das obras, a Prefeitura justificou a medida como necessária para impedir que a empreiteira continuasse ” a prejudicar a população de Guarujá e Vicente de Carvalho com intervenções sistematicamente mal feitas”.
E apontou, entre os problemas, o esgoto que brota na calçada da Rua São Paulo Valão, no Pae Cará. O mesmo acontece em frente ao número 340 da Rua Manoel Marques Nabeto, no mesmo bairro. Há ainda obras inacabadas nas ruas Marília, Wilson Pirani, Josefa Hermínia Caldas,Álvaro Nunes da Silva e Ézio da Costa, todas com falta de reposição de asfalto. Já nas vias Afonso Nunes da Silva e Santa Adelaide o problema é a falta debloquetes.
“Não podemos permitir que esta empresa (Saenge) trate com tanto descaso a nossa gente de Guarujá”, diz o secretário executivo de Coordenação Governamental, Ricardo Joaquim Augusto de Oliveira.
Terreno
A rivalidade entre a Prefeitura e a Saenge foi intensificada na semana passada, quando o governo acionou a Sabesp para quea Saenge desocupasse uma área de 4.800 m2
no Jardim Boa Esperança, em Vicente de Carvalho, utilizada como canteiro de obras pela empreiteira.
O local começou a ser usado pela empresa em 2007, quando foi publicado um decreto municipal cedendo o espaço por um ano. A Administração Municipal alega que desde então pede a devolução do espaço, que servirá para depositar as carcaças de carretas e caminhões espalhadas pela Cidade.
Ontem foi feita a retirada de carcaças de carretas e carros abandonados na Vila Áurea e no Jardim Helena Maria. As carcaças dos veículos maiores foram encaminhadas justamente para o terreno onde está o maquinário da Saenge. Contatada sobre o assunto desde a semana passada, a empreiteira ainda não se manifestou. Em seu canteiro de obras ninguém quis falar a respeito.
Compromissos
Mas na reunião de ontem a situação foi contornada. A Prefeitura e a Saenge deverão compartilhar o terreno até agosto. Pelo tempo que utilizou sem autorização, a empresa terá que dar uma compensação ao Município: seis kits de brinquedos ou equipamentos de ginástica para serem usado sem praça pública, no valor de R$ 18 mil cada. Já as obras do Programa Onda Limpa voltam ao normal hoje, depois de estabelecido um cronograma de “regularização da recomposição do pavimento”; ou seja: Buracos causados pelas obras da empreiteira serão repavimentados.
Vários bairros serão vistoriados para identificar as ruas onde há problemas e os trabalhos devem estar concluídos até 1º de julho. O primeiro a ser inspecionado foi o Jardim Progresso, ontem mesmo.
A partir da próxima semana o local começa a ser recuperado. Enquanto isso, a Saenge continua as interligações de rede que possibilitarão mais 5 mil novas ligações domiciliares, em Vicente de Carvalho.
Fonte: Jornal a Tribuna