Bancada de oposição pode crescer em Guarujá

O ano legislativo da cidade Guarujá começa na terça-feira. Com os vereadores voltando às atividades, começam também as especulações. A principal delas é se a bancada de oposição à prefeita Maria Antonieta (PMDB) vai crescer.

Atuais vereadores declaradamente oposicionistas no Legislativo guarujaense, Edílson Dias (PT) e Valter Suman (PSDC) apostam que terão companhia em 2011. Dois fatores pesam e muito nessa análise. A primordial é a relação entre o Governo Municipal e a bancada de situação, que nunca foi muito sólida. O outro ponto é a aproximação do período eleitoral com vistas a 2012.

Entre os 15 legisladores da Cidade, há quem tenha pretensões de concorrer ao Executivo e, obrigatoriamente, enfrentar a atual prefeita no pleito. As composições partidárias para o ano que vem também são peça chave na discussão, na medida em que podem causar um gradual distanciamento de representantes de legendas que tenham por opção não apoiar diretamente Antonieta na tentativa da reeleição.

Em 2008 a prefeita venceu a eleição numa chapa pura. A vice, Regina Mariano – com quem não mantém relações atualmente – também é do PMDB.

Popularidade



Fator silencioso, mas que deve contar muito nos bastidores é a alta rejeição de Antonieta junto ao eleitorado. Conforme o Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT) no primeiro levantamento de 2011, a prefeita de Guarujá só perde para o colega bertioguense Mauro Orlandini quando o assunto é popularidade: 70,2% os eleitores não aprovam sua administração.
“Alguns colegas vão rever seu posicionamento. Vai depender da questão partidária, mas é impensável um município com a magnitude de Guarujá ter um dos piores governos da Baixada Santista”, destacou o vereador Suman.

Para Edílson Dias, um posicionamento neste início de legislatura pode ser questão de sobrevivência política. “Os vereadores vão começar a se preocupar com reeleição, isso pode promover um distanciamento em relação ao Governo”, disse.

O petista ainda lembrou que a Câmara de Guarujá é a mais rejeitada da Baixada Santista segundo o IPAT, opinião de 52,7% dos entrevistados. “Sem dúvida a proximidade entre alguns vereadores e o Governo faz respingar impopularidade na Câmara”, afirmou.

Independente dessa discussão, Suman salienta que continuará cobrando empenho da Administração Municipal, principalmente em relação às áreas de Saúde, Educação e Obras. A reportagem tentou ouvir o presidente do Legislativo, José Carlos Rodriguez (DEM), mas ele não se encontrava na Cidade ontem, conforme sua assessoria de imprensa.

Fonte: Jornal a Tribuna





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