Modelo de gestão de aeroporto no Guarujá deverá ser definido até dezembro

Ao lado da ponte ligando Santos a Guarujá e do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ele já chegou a ser chamado de lenda. Muitos, depois de tantos anúncios, não conseguem acreditar que ele um dia sairá do papel. Outros ainda guardam esperança. O fato, entretanto, é que o projeto para que o Aeroporto Civil Metropolitano se torne realidade está em pleno andamento.

Ainda não há data, porém, para que ele comece de fato a operar. Mas até o final do ano devem ser definidas algumas questões envolvendo o equipamento. Por exemplo, o modelo de gestão que deverá ser adotado. “Pode ser de economia mista, concessão direta, Parceria Público Privada (PPP). Tudo isso está sendo discutido e, em breve, teremos essa resposta. Dependendo do modelo, talvez precisemos buscar recursos no Governo Federal”, afirma Dário Lima, coordenador do Projeto do Aeroporto Civil Metropolitano pela Prefeitura guia de Guarujá.

Administração Municipal, Força Aérea Brasileira (FAB) e Petrobras têm se reunido mensalmente para definir os detalhes de forma conjunta. A operação tripartite se dá porque os três órgãos deverão compartilhar o espaço onde está hoje o Núcleo da Base Aérea de Santos (Nubast). Porém, cada um na sua área, sem interferência entre os setores.

Segundo Lima, até dezembro também devem ser assinados convênios com a Petrobras, que ficará encarregada de financiar todos os estudos de impacto ambiental. Estas análises serão necessárias porque a área onde o aeroporto ficaria a princípio foi alterada. Neste espaço, por uma questão estratégica, estará a Base Logística Offshore da Petrobras. Já o aeroporto civil será instalado em uma área de 120 mil m², com capacidade para 70 mil m² de expansão, do lado direito da pista de decolagem – que hoje tem 1.390 metros e deverá ser ampliada em 290 metros.



Um projeto conceitual já chegou a ser definido pelos órgãos. Ele foi desenvolvido por uma empresa contratada sob responsabilidade da Prefeitura e dará as diretrizes para o projeto executivo. Uma das hipóteses para a construção é a utilização de conceito modular, similar ao que está sendo empregado hoje na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Enseada. “Este conceito já foi utilizado pela Infraero, no Aeroporto de Brasília e, com ele, a construção é mais rápida. Mas o edital especificará o tipo de construção”.

Com estrutura para aeronaves com até 80 passageiros, o aeroporto civil deverá ter um pátio para comportar até quatro aviões estacionados. Por isso, a intenção é que apenas rotas regionais operem no local. “Já fizemos contato com algumas empresas que demonstraram interesse, entre elas Trip e Azul. Mas há também outras”, afirma Lima.

Os detalhes de fluxo de passageiros, quantidade de voos permitidos, entre outros, também devem ser definidos até o final do ano. Mas o que se sabe é que a linha civil serviria de base para a classe turística e também para a infraestrutura aeroportuária da linha petroleira. “Os trabalhadores da Petrobras que atuam em outras bases chegariam à Cidade por meio do aeroporto civil”.

Dário afirma ainda que, com as intervenções, a Força Aérea deverá reequipar sua estrutura em Guarujá, para dar apoio às operações civis e do pré-sal, transformando o Nubast em área de interesse de segurança nacional. O local deverá recuperar sua força perdida em 2005, quando a estrutura da Base Aérea foi transferida para Natal.

O acesso dos visitante à Cidade deverá se dar por uma pista de 800 metros ligando o aeroporto à Avenida Oswaldo Cruz, em Vicente de Carvalho. “Essa obra estará interligada também ao túnel ligando Guarujá a Santos, que sairá ali perto”, afirma Dário.

Fonte: Jornal a Tribuna





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