Ministério Público denuncia dupla por morte de policial no Guarujá

O Ministério Público (MP) denunciou dois homens acusados de executar, a mando da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), o soldado da Polícia Militar Edilson Avelino de Sales, de 37 anos. O homicídio aconteceu na manhã de 30 de maio, na Rua São José dos Campos, em frente à EE Professora Lamia Del Cistia, em Guarujá, onde a vítima residia e também trabalhava como zelador.

Segundo os promotores Cássio Roberto Conserino e Silvio de Cillo Leite Loubeh, que ofereceram a denúncia, o assassinato foi cometido por Erickson Freitas Gomes, o Erickson Macaco, e Paulo Henrique Gomes de Lima, o Paulo Neguinho, que portavam, respectivamente, um fuzil e uma pistola. Os marginais identificados por enquanto apenas como Buiuzinho, Dioguinho e André participaram dando cobertura.

Reconhecida por testemunhas protegidas, a dupla denunciada ficou à espreita do soldado, que trabalhava na 2ª Companhia do 21º BPM/I. Quando estacionava o seu Corsa em frente ao colégio, o policial militar foi surpreendido com diversos disparos em sua direção. Apesar de portar uma pistola calibre ponto 40, pertencente à corporação, e outra calibre 380, de sua propriedade, ele não teve tempo de sacá-las.



Atingido na cabeça, no peito e no braço direito, Avelino morreu antes de chegar ao Hospital de Vicente de Carvalho. “A vítima foi pega desprevenida e não teve qualquer chance de reação. Foi atacada surpreendentemente quando chegava do trabalho e agonizou no próprio veículo, ainda fardada”, descrevem os representantes do MP. Ainda conforme os promotores, a ordem para matar o policial partiu do PCC.

Por esse motivo, Conserino e Loubeh consideram que o homicídio foi duplamente qualificado pelo emprego de recurso que impossibilitou a defesa do soldado e pelo motivo torpe, “especialmente porque Avelino se constituía em policial combativo e aguerrido”. O homicídio qualificado é considerado crime hediondo e a sua pena varia de 12 a 30 anos de reclusão. A ação penal tramita na 1ª Vara Criminal de Guarujá.

As investigações prosseguem para identificar os mentores intelectuais do assassinato e os executores que atuaram dando cobertura. A pedido do MP, a Justiça decretou a prisão preventiva de Erickson Macaco e Paulo Neguinho. Recentemente, o primeiro denunciado foi capturado por policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). O paradeiro do segundo acusado permanece ignorado.

Fonte: Jornal A Tribuna 





1 resposta

  1. renata 4 de novembro de 2012

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